Entre a Fisiologia e o mundo da fantasia, os meus pensamentos andam perdidos. E perguntam-se: porque é tão difícil esquecer o passado? Era tão mais fácil fazer um delete em certos aspectos que vivemos.
Tentei chegar a uma conclusão, uma solução razoável, que conseguisse explicar os casos todos. Esforço em vão... E eu passo a explicar porquê.
Exemplificando:
Imaginemos que tivemos uma experiência horrível num determinado médico. E que dessa experiência, para além dos traumas que ficámos, ficaram guardados na nossa memória cheiros, sensações, determinadas palavras. Pois bem, sempre que recordamos esses aspectos novamente, essa experiência horrível retorna ao presente, assombrando-nos.
O que eu quero dizer com isto é que basta uma frase, um cheiro, uma fotografia ou quase sempre uma música para nos fazer lembrar do que queremos, supostamente, esquecer. E pergunto-me novamente: será que queremos esquecer mesmo? De verdade? Ou esses old frames nos ajudam a tomar as decisões futuras? A escolher melhor, a ir pelo outro caminho da estrada, a escolher outro sabor, outro filme, outra música, outro sentimento? Outras palavras?
É melhor voltar para a Fisiologia.
[A ouvir: Deixa acontecer, Grupo Revelação. Guilty]